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Nome: Lyanna Florent
Idade: 16
Sexo: Feminino
Reino natal: Tanriel, Lado Frio
Classe: Lutadora, Princesa e Caçadora*
*Faz parte do grupo de Caçadores, portanto, não é uma "caçadora" no sentido literal da palavra.
Raça: Humana
Armas: Nenhuma (Punhos)
Cristal: Azul da Força
Habilidades do Cristal: O poder de seu cristal é manifestado geralmente nos punhos, mas chega a ser utilizado nas pernas também. No lugar do corpo em que é aplicado, emite um brilho azul claro. Ele dá força sobre-humana ao usuário, que pode regular o grau, dando socos ou chutes fortíssimos que causam grande impacto. Quando está ao seu extremo, a luz é ainda mais intensa; e se torna uma aura azul que se manifesta também nos olhos (tornando-os completamente iluminados).
Habilidades Secundárias: Cozinheira
Atributos:
• Força: Excelente (4)
• Agilidade: Boa (3)
• Resistência: Mediana (2)
• Inteligência: Excelente (4)
• Habilidade mágica: Péssima (0)
• Precisão: Ruim (1)
Personalidade: Lyanna costuma estar séria e calma na maior parte do tempo, geralmente quando ri é devido à ironia de suas palavras. Apesar de ser paciente em batalhas e em situações extremas, é completamente impaciente com outras pessoas. Quando é provocada, ou alguém age contra sua vontade, acaba se expressando de forma violenta. A garota também é bastante egocêntrica, buscando sempre sua própria felicidade e um bom jeito de levar a vida; e costuma ignorar os problemas dos outros, sendo bastante indiferente na maior parte do tempo. Mesmo assim, costuma agir com respeito e até mesmo com gentileza constantemente, desde que esteja de bom humor. Além disso, quando se trata de pessoas minimamente queridas por ela, pode acabar demonstrando um pouco de seu apreço, revelando que realmente possui um lado emotivo e sensível. Porém, sua forma indelicada de se expressar é evidente.
Devido a educação privilegiada que recebeu quando mais nova, é inteligente e de raciocínio rápido. Isso é levado em conta tanto em estratégias ou situações mais simples, quanto no combate. Ataca sempre da maneira mais eficiente possível, causando mais danos às forças inimigas. Apesar disso, às vezes é um pouco imprudente, partindo para o combate direto e se arriscando; o que, em parte, compõe sua personalidade corajosa. É também orgulhosa, dificilmente admitindo seus erros, e jamais desistindo.
Uma curiosidade sobre a princesa, é que seu hobby favorito é cozinhar. Isso também é uma alusão à educação que recebera quando criança, como suas aulas de etiqueta e para se comportar como uma verdadeira dama. Embora muito disso ela tenha descartado completamente, a culinária é uma de suas paixões, embora se mostre um pouco envergonhada por conta disso às vezes. Já que possui uma personalidade direta, sincera, indelicada com as palavras e que não tem muito cuidado com os outros, prefere agradar seus companheiros cozinhando com maestria; o que pode parecer, também, sua forma de pedir desculpas por algo. Porém, quando é criticada por seu passatempo favorito, irrita-se profundamente.
Características:
Físicas: Lyanna é vista como bela e encantadora. Possui pele clara, seu corpo é baixo, e também é magra. Isto, para seu desagrado, causa a impressão de que é ainda mais nova. No rosto delicado, destacam-se brilhantes orbes azuis. Os cabelos são loiros numa tonalidade mais clara, longos e lisos. Referente às roupas, costumeiramente usa vestidos, visual esse que adquiriu devido a sua vida de princesa. Seu principal é azul, e na frente possui cordas finas brancas para se amarrar. A parte da saia é curta, porém com vários babados. Utiliza meia-calça e luvas pretas, e calça uma sapatilha azul comprida, com um pequeno salto. Enfeitando os cabelos, está um arco com um laço preto combinado com uma flor azul e pingentes dourados, e um prendedor numa das mechas. Entretanto, está frequentemente trajando diferentes peças. Mas, certamente, sua característica mais marcante é o cachecol preto, amarrado em laço na cintura ou simplesmente no pescoço. Isso simboliza sua identidade como Caçadora.
Combate: Lyanna utiliza de seu Cristal Azul para ter uma força extremamente impressionante. Seu estilo de combate é centrado nos ataques diretos e físicos, na maioria do tempo socos, mas também inclui chutes. Não só nocauteia pessoas sem muita resistência com facilidade, como pode variar o grau de força, podendo destruir até mesmo estruturas. Um soco bem concentrado pode alterar todo o campo, partindo o chão. Devido à sua inteligência, consegue pensar em estratégias rapidamente, atacando de modo efetivo e pensando em padrões de ofensiva que sejam benéficos a si e ao seu time.
História:
PARTE I — {A Princesa}
Lyanna é filha do rei do Lado Frio de Tanriel, e portanto, a princesa. Embora nunca tivesse uma boa relação com seu pai, amava sua mãe profundamente. Desde muito nova teve uma educação de qualidade incomparável, com professores particulares no próprio castelo. Não só isso, submeteu-se a árduos treinamentos para dominar seu cristal o quanto antes. Os cristais são símbolos de poder, e portanto, ser capaz de manipulá-lo significa ser respeitado pelos outros. De imediato mostrou-se apta aos combates corpo-a-corpo, se focando neles, e rapidamente tornando-se perita nessa arte.
Porém, a princesa ainda levava uma vida boa no castelo, com direito a todo tipo de regalias. Como esperado, foi tornando-se cada vez mais mimada, e dando ordens à cada serviçal do castelo por mera diversão. Estava longe de ser uma "princesa perfeita", e o pai, sem esperanças na menina, considerou ter outro filho e então destiná-lo a ser o herdeiro no lugar dela. Um dia, a pequena ouviu através da porta a conversa que o rei estava tendo com um conselheiro real, e descobriu o que seu pai pensava e jamais havia a contado. Isso levou Lyanna a ter ainda mais inimizade com ele, levando-a a um comportamento rebelde.
PARTE II — {A Vingadora}
Quando a princesa encontrava-se em seus treze anos, Hallas entrou em um momento de caos. Pessoas sumiam, outras eram encontradas mortas logo depois. Afastada de toda aquela situação difícil, isso não era nada com que ela se preocupasse. Mas suas atitudes infantis não durariam por muito tempo.
Um dia, a garota andava pelo castelo, como de costume. Porém, desta vez, deparou-se com um homem encapuzado, num dos corredores escuros. Era de noite, e a chuva forte, acompanhada de trovoadas, eram sons notáveis para quem estivesse lá. Lyanna, após um relâmpago iluminar momentaneamente o lugar, identificou-o como um dos conselheiros do rei. Mais precisamente, aquele que havia abandonado o castelo repentinamente a um bom tempo. Ele retirou o capuz, e cumprimentou-a com um breve sorriso.
— O que faz aqui, Magnus? — Perguntou a princesa, com sua atitude direta de sempre.
— Nada de importante, apenas pegando algumas coisas que me pertencem, e ficaram por aqui. — Respondeu, normalmente.
— Entendo. Mas sua antiga sala fica para o outro lado. Quer que eu te leve até lá? — Mesmo que não fosse de sua índole prestar boas ações a troco de nada, estava bastante desocupada.
— De fato, aqui é tão grande que já não me lembro corretamente onde fica cada cômodo. Obrigado, aceito a ajuda.
Ela começou a andar pelo corredor, indo até o outro lado do castelo, seguida por Magnus logo atrás. Devido a enorme extensão do lugar, o percurso foi longo, nada de tão incomum para aqueles que já frequentaram-no. Por conta disso, foram conversando várias coisas sem importância, até chegarem.
— Novamente, obrigado. — Deu uma pausa, e continuou a falar. — Ah, é claro, como pude me esquecer? Não avisei a vossa majestade, a Rainha, sobre minha chegada. Pode dizer a ela que eu estou aqui, e vim para pegar o que é meu? Apenas para que não estranhe nada.
— Tudo bem. — Lyanna concordou.
Abandonou a sala do ex-conselheiro, e dirigiu-se aos aposentos da mãe, que por sorte, ficavam bem perto. Parou um pouco para pensar, e começou a achar tudo aquilo muito esquisito. O homem simplesmente voltara para recolher suas coisas, e sua mãe não soubera disso? Quem autorizou sua entrada, então? O pai estava resolvendo questões diplomáticas em outro país. Sem chegar a uma conclusão sólida, apenas foi dar o aviso à mãe, que parecia estar um tanto quanto ocupada com diversos papéis na mesa em que sentava; não que Lyanna ligasse.
— Mãe, Magnus está aqui. Ele me pediu para avisar que só veio buscar o que é dele.
— Impossível. Este homem sumiu, filha. Além disso, ele levou todas as suas coisas com ele. — A Rainha respondeu, descrente.
— Certo. Então um outro homem chamado Magnus, que era conselheiro, e que por acaso deixou algo aqui, está na sala dele pegando essas coisas. — Ironizou, dando de costas.
A garota olhou, de canto, a expressão da mãe. Esta parecia bem assustada, até que normalizou. E, num segundo, ela sumiu em meio a um brilho roxo. Lyanna estranhou de imediato: "Por que a mamãe utilizou a habilidade de teleporte do cristal dela?!" Imaginando o motivo, instantaneamente passou a correr em direção a sala do ex-conselheiro. Enquanto isso, foi ouvindo, com dificuldades, que o cômodo estava bastante barulhento. Sem cessar os passos rápidos, chegou a uma distância suficiente para ouvir as vozes.
— Então é... isso o que você... pretende fazer? — A Rainha estava com a respiração falha, aparentando estar machucada. — Por isso você está tão forte?
— Isso é só o começo.
Então a princesa adentrou a sala com desespero. Apenas para encontrar Magnus perfurando a barriga de sua mãe, com uma das mãos nuas, que estavam cobertas por uma aura negra. Ao que parecia, o cristal dele tornava sua mão como uma lâmina afiada, que foi capaz de atravessar alguém. Antes que Lyanna pudesse ter alguma reação, uma barreira mágica surgiu ao redor do homem e a Rainha. Tão logo ela fora criada, Magnus retirou sua mão do corpo ferido e começou um ritual para remover o cristal da mulher, que caíra ajoelhada e gritava de dor.
A pequena garota, já desesperada, fez a primeira coisa que lhe ocorreu: ativou seu cristal, e deu um soco de força enorme na barreira. Para o espanto do ex-conselheiro, esta sofreu uma rachadura. Lyanna, sem opções, continuou golpeando-a, com os punhos em sangue graças ao impacto dos ataques. Cada vez mais, a parede mágica dava indícios de que iria quebrar. Mas antes que isso fosse possível, Magnus finalizou seu ritual, e estava com o Cristal Roxo em mãos.
— O que foi, Lyanna? — Magnus disse, em tom de provocação. — Eu disse que vim para pegar algo que me pertencia, e havia deixado por aqui. — Finalizou com uma risada macabra. Em seguida, tratou de selar o cristal dentro de si mesmo.
— Magnus! — Gritou, em um momento de fúria. — Eu juro pelos deuses, eu vou te buscar! Mesmo que eu tenha de ir até o inferno, eu terei minha vingança!
Nesse exato momento, a princesa conseguiu adentrar a barreira, e antes que seu punho — que ardia em chamas azuis — pudesse alcançá-lo, o homem perverso deu um sorriso e teleportou-se, antes deixando a frase no ar:
"Eu estarei esperando, Lyanna."
PARTE III — {A Andarilha}
O incidente no castelo teve um grande impacto na personalidade de Lyanna. Aquela que uma vez esteve zombando dos outros, agindo inconsequentemente sob sua própria vontade, havia mudado. Tinha algo diferente em seu olhar — além do brilho azul que surgia, quando seu poder era elevado a níveis altíssimos. — Era o ódio que crescia gradativamente dentro dela.
Perguntava-se coisas como "qual o sentido disto tudo?" e "para quê eu vivo?" todos os dias, sem encontrar respostas. Insatisfeita com sua vida no castelo, resolveu jogar o estilo de vida de uma princesa pro alto, e viver por conta própria e, quem sabe, achar algumas respostas. Mas não pense que, ao mudar radicalmente suas maneiras, ela tenha esquecido da promessa que um dia fez — pelo contrário. Se lembrava daquele dia em todos os seus míseros detalhes.
Tendo isso em mente, treinou cada vez mais seus poderes, tornando-se incrivelmente forte. Afinal, ainda não se perdoara por ter quebrado aquela barreira tarde demais. Apesar das insistências de seu pai para que permanecesse no castelo para, um dia, tornar-se a sucessora, Lyanna reestabelece seu objetivo, vivendo por aí durante três anos.
Nesse tempo, não só sua força aumentara e seus pensamentos mudaram; ela alcançou seus dezesseis anos. Junto a isso, certas alterações em sua personalidade, mas sua essência continuou a mesma. Ainda que já não tratasse os outros com superioridade, continua, de certa forma, egocêntrica; ou seja, focada unicamente em si mesma. Com o passar destes anos, já não estava tão obcecada em vingar-se, mas a vontade de matar aquele homem maligno ainda não se esvaíra completamente. Assumiu uma maneira de ser mais calma e tranquila, ainda que seu humor possa repentinamente mudar.
Dando um rumo à sua vida, a princesa resolveu formar, junto com outras pessoas dominantes de cristais, o Grupo de Caçadores; um pequeno conjunto de guerreiros experientes, que procuram pelo paradeiro de Magnus. Estes utilizam como símbolo um cachecol disposto de alguma forma no corpo. No caso de Lyanna, ele é preto e está amarrado na cintura em forma de laço.
PARTE IV — {A Caçadora}
Sem pistas de onde Magnus poderia estar, a garota resolve retornar ao castelo, para perguntar por informações. Cumprimentou cordialmente todos os serviçais, dos quais ela ainda lembrava vagamente. Para a sorte da mesma, não encontrou-se com seu pai; pois ele era alguém que ela realmente não queria ver.
Seguiu rumo a sala dos conselheiros, que já esperavam pela visita dela. Sentou-se lá, e sendo direta (para variar) logo perguntou que informações eles haviam reunido. Ouvindo apenas coisas que já sabia, despediu-se e se retiraria. Porém, foi interrompida por uma mulher, que entrou trazendo uma mensagem:
— Desculpe interromper, senhores, princesa! — Reverenciou, em respeito.
— Interromper é pouco... — Lyanna comentou baixo, ironizando.
— Só vim para dizer que Yuusha Florent já acordou.
— ... Florent? Quem é esse? — Sendo direta, mais uma vez.
— Bom, alteza... Ele é seu primo. Morava na área pobre do reino, mas já está no castelo há dois anos.
— Por que, exatamente?
— Ele é o garoto dos boatos, que sobrevivera ao ritual de Magnus, dois anos atrás. — Respondeu um dos homens na sala.
— Dois anos é muito tempo. Eu não fazia ideia de que se tratava de um parente meu. — Ela parou de falar por um momento, aparentando estar pensando. — Com licença, vou me retirar.
E andou até a porta, deixando todos confusos.
— Ei, você! Me leva até esse garoto. — E partiu a andar novamente, com a mulher que viera dar o comunicado acompanhando-a. Os conselheiros suspiraram diante da indelicadeza, tendo já se esquecido de como era.
Chegando na porta da sala em que Yuusha repousava, a mulher alertou:
— Ele não parecia estar tão bem ainda, então melhor não incomodá-lo por enquan...
E Lyanna já havia aberto a porta, e adentrado o recinto. Derrotada, a mulher apenas foi embora, evitando problemas desnecessários. A princesa apenas esbravejou para si mesma: o rapaz voltara ao seu estado de adormecido. Ainda não se dando por vencida, decidiu apenas esperar em frente à cama; de braços cruzados, e um tanto quanto impaciente. Pretendia perguntar a ele a respeito do incidente que sofreu dois anos atrás, como supostamente sobreviveu ao ritual, e se ele sabia de algo importante.
Foto:
Idade: 16
Sexo: Feminino
Reino natal: Tanriel, Lado Frio
Classe: Lutadora, Princesa e Caçadora*
*Faz parte do grupo de Caçadores, portanto, não é uma "caçadora" no sentido literal da palavra.
Raça: Humana
Armas: Nenhuma (Punhos)
Cristal: Azul da Força
Habilidades do Cristal: O poder de seu cristal é manifestado geralmente nos punhos, mas chega a ser utilizado nas pernas também. No lugar do corpo em que é aplicado, emite um brilho azul claro. Ele dá força sobre-humana ao usuário, que pode regular o grau, dando socos ou chutes fortíssimos que causam grande impacto. Quando está ao seu extremo, a luz é ainda mais intensa; e se torna uma aura azul que se manifesta também nos olhos (tornando-os completamente iluminados).
Habilidades Secundárias: Cozinheira
Atributos:
• Força: Excelente (4)
• Agilidade: Boa (3)
• Resistência: Mediana (2)
• Inteligência: Excelente (4)
• Habilidade mágica: Péssima (0)
• Precisão: Ruim (1)
Personalidade: Lyanna costuma estar séria e calma na maior parte do tempo, geralmente quando ri é devido à ironia de suas palavras. Apesar de ser paciente em batalhas e em situações extremas, é completamente impaciente com outras pessoas. Quando é provocada, ou alguém age contra sua vontade, acaba se expressando de forma violenta. A garota também é bastante egocêntrica, buscando sempre sua própria felicidade e um bom jeito de levar a vida; e costuma ignorar os problemas dos outros, sendo bastante indiferente na maior parte do tempo. Mesmo assim, costuma agir com respeito e até mesmo com gentileza constantemente, desde que esteja de bom humor. Além disso, quando se trata de pessoas minimamente queridas por ela, pode acabar demonstrando um pouco de seu apreço, revelando que realmente possui um lado emotivo e sensível. Porém, sua forma indelicada de se expressar é evidente.
Devido a educação privilegiada que recebeu quando mais nova, é inteligente e de raciocínio rápido. Isso é levado em conta tanto em estratégias ou situações mais simples, quanto no combate. Ataca sempre da maneira mais eficiente possível, causando mais danos às forças inimigas. Apesar disso, às vezes é um pouco imprudente, partindo para o combate direto e se arriscando; o que, em parte, compõe sua personalidade corajosa. É também orgulhosa, dificilmente admitindo seus erros, e jamais desistindo.
Uma curiosidade sobre a princesa, é que seu hobby favorito é cozinhar. Isso também é uma alusão à educação que recebera quando criança, como suas aulas de etiqueta e para se comportar como uma verdadeira dama. Embora muito disso ela tenha descartado completamente, a culinária é uma de suas paixões, embora se mostre um pouco envergonhada por conta disso às vezes. Já que possui uma personalidade direta, sincera, indelicada com as palavras e que não tem muito cuidado com os outros, prefere agradar seus companheiros cozinhando com maestria; o que pode parecer, também, sua forma de pedir desculpas por algo. Porém, quando é criticada por seu passatempo favorito, irrita-se profundamente.
Características:
Físicas: Lyanna é vista como bela e encantadora. Possui pele clara, seu corpo é baixo, e também é magra. Isto, para seu desagrado, causa a impressão de que é ainda mais nova. No rosto delicado, destacam-se brilhantes orbes azuis. Os cabelos são loiros numa tonalidade mais clara, longos e lisos. Referente às roupas, costumeiramente usa vestidos, visual esse que adquiriu devido a sua vida de princesa. Seu principal é azul, e na frente possui cordas finas brancas para se amarrar. A parte da saia é curta, porém com vários babados. Utiliza meia-calça e luvas pretas, e calça uma sapatilha azul comprida, com um pequeno salto. Enfeitando os cabelos, está um arco com um laço preto combinado com uma flor azul e pingentes dourados, e um prendedor numa das mechas. Entretanto, está frequentemente trajando diferentes peças. Mas, certamente, sua característica mais marcante é o cachecol preto, amarrado em laço na cintura ou simplesmente no pescoço. Isso simboliza sua identidade como Caçadora.
Combate: Lyanna utiliza de seu Cristal Azul para ter uma força extremamente impressionante. Seu estilo de combate é centrado nos ataques diretos e físicos, na maioria do tempo socos, mas também inclui chutes. Não só nocauteia pessoas sem muita resistência com facilidade, como pode variar o grau de força, podendo destruir até mesmo estruturas. Um soco bem concentrado pode alterar todo o campo, partindo o chão. Devido à sua inteligência, consegue pensar em estratégias rapidamente, atacando de modo efetivo e pensando em padrões de ofensiva que sejam benéficos a si e ao seu time.
História:
PARTE I — {A Princesa}
Lyanna é filha do rei do Lado Frio de Tanriel, e portanto, a princesa. Embora nunca tivesse uma boa relação com seu pai, amava sua mãe profundamente. Desde muito nova teve uma educação de qualidade incomparável, com professores particulares no próprio castelo. Não só isso, submeteu-se a árduos treinamentos para dominar seu cristal o quanto antes. Os cristais são símbolos de poder, e portanto, ser capaz de manipulá-lo significa ser respeitado pelos outros. De imediato mostrou-se apta aos combates corpo-a-corpo, se focando neles, e rapidamente tornando-se perita nessa arte.
Porém, a princesa ainda levava uma vida boa no castelo, com direito a todo tipo de regalias. Como esperado, foi tornando-se cada vez mais mimada, e dando ordens à cada serviçal do castelo por mera diversão. Estava longe de ser uma "princesa perfeita", e o pai, sem esperanças na menina, considerou ter outro filho e então destiná-lo a ser o herdeiro no lugar dela. Um dia, a pequena ouviu através da porta a conversa que o rei estava tendo com um conselheiro real, e descobriu o que seu pai pensava e jamais havia a contado. Isso levou Lyanna a ter ainda mais inimizade com ele, levando-a a um comportamento rebelde.
PARTE II — {A Vingadora}
Quando a princesa encontrava-se em seus treze anos, Hallas entrou em um momento de caos. Pessoas sumiam, outras eram encontradas mortas logo depois. Afastada de toda aquela situação difícil, isso não era nada com que ela se preocupasse. Mas suas atitudes infantis não durariam por muito tempo.
Um dia, a garota andava pelo castelo, como de costume. Porém, desta vez, deparou-se com um homem encapuzado, num dos corredores escuros. Era de noite, e a chuva forte, acompanhada de trovoadas, eram sons notáveis para quem estivesse lá. Lyanna, após um relâmpago iluminar momentaneamente o lugar, identificou-o como um dos conselheiros do rei. Mais precisamente, aquele que havia abandonado o castelo repentinamente a um bom tempo. Ele retirou o capuz, e cumprimentou-a com um breve sorriso.
— O que faz aqui, Magnus? — Perguntou a princesa, com sua atitude direta de sempre.
— Nada de importante, apenas pegando algumas coisas que me pertencem, e ficaram por aqui. — Respondeu, normalmente.
— Entendo. Mas sua antiga sala fica para o outro lado. Quer que eu te leve até lá? — Mesmo que não fosse de sua índole prestar boas ações a troco de nada, estava bastante desocupada.
— De fato, aqui é tão grande que já não me lembro corretamente onde fica cada cômodo. Obrigado, aceito a ajuda.
Ela começou a andar pelo corredor, indo até o outro lado do castelo, seguida por Magnus logo atrás. Devido a enorme extensão do lugar, o percurso foi longo, nada de tão incomum para aqueles que já frequentaram-no. Por conta disso, foram conversando várias coisas sem importância, até chegarem.
— Novamente, obrigado. — Deu uma pausa, e continuou a falar. — Ah, é claro, como pude me esquecer? Não avisei a vossa majestade, a Rainha, sobre minha chegada. Pode dizer a ela que eu estou aqui, e vim para pegar o que é meu? Apenas para que não estranhe nada.
— Tudo bem. — Lyanna concordou.
Abandonou a sala do ex-conselheiro, e dirigiu-se aos aposentos da mãe, que por sorte, ficavam bem perto. Parou um pouco para pensar, e começou a achar tudo aquilo muito esquisito. O homem simplesmente voltara para recolher suas coisas, e sua mãe não soubera disso? Quem autorizou sua entrada, então? O pai estava resolvendo questões diplomáticas em outro país. Sem chegar a uma conclusão sólida, apenas foi dar o aviso à mãe, que parecia estar um tanto quanto ocupada com diversos papéis na mesa em que sentava; não que Lyanna ligasse.
— Mãe, Magnus está aqui. Ele me pediu para avisar que só veio buscar o que é dele.
— Impossível. Este homem sumiu, filha. Além disso, ele levou todas as suas coisas com ele. — A Rainha respondeu, descrente.
— Certo. Então um outro homem chamado Magnus, que era conselheiro, e que por acaso deixou algo aqui, está na sala dele pegando essas coisas. — Ironizou, dando de costas.
A garota olhou, de canto, a expressão da mãe. Esta parecia bem assustada, até que normalizou. E, num segundo, ela sumiu em meio a um brilho roxo. Lyanna estranhou de imediato: "Por que a mamãe utilizou a habilidade de teleporte do cristal dela?!" Imaginando o motivo, instantaneamente passou a correr em direção a sala do ex-conselheiro. Enquanto isso, foi ouvindo, com dificuldades, que o cômodo estava bastante barulhento. Sem cessar os passos rápidos, chegou a uma distância suficiente para ouvir as vozes.
— Então é... isso o que você... pretende fazer? — A Rainha estava com a respiração falha, aparentando estar machucada. — Por isso você está tão forte?
— Isso é só o começo.
Então a princesa adentrou a sala com desespero. Apenas para encontrar Magnus perfurando a barriga de sua mãe, com uma das mãos nuas, que estavam cobertas por uma aura negra. Ao que parecia, o cristal dele tornava sua mão como uma lâmina afiada, que foi capaz de atravessar alguém. Antes que Lyanna pudesse ter alguma reação, uma barreira mágica surgiu ao redor do homem e a Rainha. Tão logo ela fora criada, Magnus retirou sua mão do corpo ferido e começou um ritual para remover o cristal da mulher, que caíra ajoelhada e gritava de dor.
A pequena garota, já desesperada, fez a primeira coisa que lhe ocorreu: ativou seu cristal, e deu um soco de força enorme na barreira. Para o espanto do ex-conselheiro, esta sofreu uma rachadura. Lyanna, sem opções, continuou golpeando-a, com os punhos em sangue graças ao impacto dos ataques. Cada vez mais, a parede mágica dava indícios de que iria quebrar. Mas antes que isso fosse possível, Magnus finalizou seu ritual, e estava com o Cristal Roxo em mãos.
— O que foi, Lyanna? — Magnus disse, em tom de provocação. — Eu disse que vim para pegar algo que me pertencia, e havia deixado por aqui. — Finalizou com uma risada macabra. Em seguida, tratou de selar o cristal dentro de si mesmo.
— Magnus! — Gritou, em um momento de fúria. — Eu juro pelos deuses, eu vou te buscar! Mesmo que eu tenha de ir até o inferno, eu terei minha vingança!
Nesse exato momento, a princesa conseguiu adentrar a barreira, e antes que seu punho — que ardia em chamas azuis — pudesse alcançá-lo, o homem perverso deu um sorriso e teleportou-se, antes deixando a frase no ar:
"Eu estarei esperando, Lyanna."
PARTE III — {A Andarilha}
O incidente no castelo teve um grande impacto na personalidade de Lyanna. Aquela que uma vez esteve zombando dos outros, agindo inconsequentemente sob sua própria vontade, havia mudado. Tinha algo diferente em seu olhar — além do brilho azul que surgia, quando seu poder era elevado a níveis altíssimos. — Era o ódio que crescia gradativamente dentro dela.
Perguntava-se coisas como "qual o sentido disto tudo?" e "para quê eu vivo?" todos os dias, sem encontrar respostas. Insatisfeita com sua vida no castelo, resolveu jogar o estilo de vida de uma princesa pro alto, e viver por conta própria e, quem sabe, achar algumas respostas. Mas não pense que, ao mudar radicalmente suas maneiras, ela tenha esquecido da promessa que um dia fez — pelo contrário. Se lembrava daquele dia em todos os seus míseros detalhes.
Tendo isso em mente, treinou cada vez mais seus poderes, tornando-se incrivelmente forte. Afinal, ainda não se perdoara por ter quebrado aquela barreira tarde demais. Apesar das insistências de seu pai para que permanecesse no castelo para, um dia, tornar-se a sucessora, Lyanna reestabelece seu objetivo, vivendo por aí durante três anos.
Nesse tempo, não só sua força aumentara e seus pensamentos mudaram; ela alcançou seus dezesseis anos. Junto a isso, certas alterações em sua personalidade, mas sua essência continuou a mesma. Ainda que já não tratasse os outros com superioridade, continua, de certa forma, egocêntrica; ou seja, focada unicamente em si mesma. Com o passar destes anos, já não estava tão obcecada em vingar-se, mas a vontade de matar aquele homem maligno ainda não se esvaíra completamente. Assumiu uma maneira de ser mais calma e tranquila, ainda que seu humor possa repentinamente mudar.
Dando um rumo à sua vida, a princesa resolveu formar, junto com outras pessoas dominantes de cristais, o Grupo de Caçadores; um pequeno conjunto de guerreiros experientes, que procuram pelo paradeiro de Magnus. Estes utilizam como símbolo um cachecol disposto de alguma forma no corpo. No caso de Lyanna, ele é preto e está amarrado na cintura em forma de laço.
PARTE IV — {A Caçadora}
Sem pistas de onde Magnus poderia estar, a garota resolve retornar ao castelo, para perguntar por informações. Cumprimentou cordialmente todos os serviçais, dos quais ela ainda lembrava vagamente. Para a sorte da mesma, não encontrou-se com seu pai; pois ele era alguém que ela realmente não queria ver.
Seguiu rumo a sala dos conselheiros, que já esperavam pela visita dela. Sentou-se lá, e sendo direta (para variar) logo perguntou que informações eles haviam reunido. Ouvindo apenas coisas que já sabia, despediu-se e se retiraria. Porém, foi interrompida por uma mulher, que entrou trazendo uma mensagem:
— Desculpe interromper, senhores, princesa! — Reverenciou, em respeito.
— Interromper é pouco... — Lyanna comentou baixo, ironizando.
— Só vim para dizer que Yuusha Florent já acordou.
— ... Florent? Quem é esse? — Sendo direta, mais uma vez.
— Bom, alteza... Ele é seu primo. Morava na área pobre do reino, mas já está no castelo há dois anos.
— Por que, exatamente?
— Ele é o garoto dos boatos, que sobrevivera ao ritual de Magnus, dois anos atrás. — Respondeu um dos homens na sala.
— Dois anos é muito tempo. Eu não fazia ideia de que se tratava de um parente meu. — Ela parou de falar por um momento, aparentando estar pensando. — Com licença, vou me retirar.
E andou até a porta, deixando todos confusos.
— Ei, você! Me leva até esse garoto. — E partiu a andar novamente, com a mulher que viera dar o comunicado acompanhando-a. Os conselheiros suspiraram diante da indelicadeza, tendo já se esquecido de como era.
Chegando na porta da sala em que Yuusha repousava, a mulher alertou:
— Ele não parecia estar tão bem ainda, então melhor não incomodá-lo por enquan...
E Lyanna já havia aberto a porta, e adentrado o recinto. Derrotada, a mulher apenas foi embora, evitando problemas desnecessários. A princesa apenas esbravejou para si mesma: o rapaz voltara ao seu estado de adormecido. Ainda não se dando por vencida, decidiu apenas esperar em frente à cama; de braços cruzados, e um tanto quanto impaciente. Pretendia perguntar a ele a respeito do incidente que sofreu dois anos atrás, como supostamente sobreviveu ao ritual, e se ele sabia de algo importante.
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